Muito se falava sobre a guerra dos sexos, conflitos estes, da disputa do poder, da independência, dos direitos igualitários, e até dos salários mais justos entre homens e mulheres, mas que de guerra do sexo mesmo, agora no singular, não tinha nada, ah se tivesse, ô guerra boa... Já imaginou aquela estagiária gostosa que senta ao seu lado guerreando com sua mulher para te ter ao invés de guerrear com seu chefe para ter também, mas não o seu sexo e sim o seu cargo?
Hoje os tempos mudaram, no que mais se fala agora é sobre a guerra da audiência, que indiretamente é a mesma guerra, de um lado, num canal, o jornalista sério e engravatado reportando uma notícia idônea, já do outro lado, num outro canal e muito mais profundo, uma bunda dançante, num zoom óptico de tela cheia, batendo com picos, de audiência é claro, no jornalista inerte, sentado e incapaz do apelo que mais se vende, o sexo.
Melhor então seria se a Fátima apresentasse o Jornal de topless, mas aí a guerra seria comercial, quem é que compraria os produtos do mega traficante Juan Carlos Abadia se a notícia se perderia? Afinal o mais interessante seria ver os peitos da Bernardes e o canal seria trocado assim que o VT do Abadia entrasse !!
A caminho da liderança, aquela que está um estágio abaixo e ironicamente dois acima daquela que por ética não tem uma jornalista de topless, exibe "Caminhos do Coração", engana-se quem realmente pensa que o caminho é este, ao coração não se chega com uma dramaturgia barata de seres humanos mutantes que se transformam em lobisomens, e para a liderança, muito menos com câmeras balançando geral o supra-sumo do bagaço da população, enfim, no mesmo horário, outro coração pulsa num ritmo mais acelerado, quase enfartando de desgosto o telespectador inteligente. No circo, alguns dos palhaços, sem ter o que fazer, fazem fofoca o dia todo, outros se transformam em peões de rodeio dando coices e esporadas alheias com medo de cair antes dos oito segundos e deixar a espiga do "milhão" escorregar, e outros ainda parecem os próprios toureiros estendendo o pano vermelho na frente dos chifres para provocar confusão. Mediante tanta futilidade, concluímos que quem sempre ganha é quem tem mais bala na agulha, quem tem poder de propaganda para infiltrar na veia que o banal é útil, ou então quem tiver peito, não siliconado, para criar um conteúdo interessante que não balance ou se transforme em lobisomem.
Nos tempos de hoje ainda prefiro e acredito que o mais saudável é voltar à década de cinqüenta, desligar o televisor às 22h quando a programação se encerrava, ir ler um livro, deitar na cama, convidar a quem ama, fazer o próprio reality show e chegar até o coração com algumas balançadas ao toque de algumas pitadas de romantismo e prazer.
por Ronaldo Denardo
09/04/2008
Hoje os tempos mudaram, no que mais se fala agora é sobre a guerra da audiência, que indiretamente é a mesma guerra, de um lado, num canal, o jornalista sério e engravatado reportando uma notícia idônea, já do outro lado, num outro canal e muito mais profundo, uma bunda dançante, num zoom óptico de tela cheia, batendo com picos, de audiência é claro, no jornalista inerte, sentado e incapaz do apelo que mais se vende, o sexo.
Melhor então seria se a Fátima apresentasse o Jornal de topless, mas aí a guerra seria comercial, quem é que compraria os produtos do mega traficante Juan Carlos Abadia se a notícia se perderia? Afinal o mais interessante seria ver os peitos da Bernardes e o canal seria trocado assim que o VT do Abadia entrasse !!
A caminho da liderança, aquela que está um estágio abaixo e ironicamente dois acima daquela que por ética não tem uma jornalista de topless, exibe "Caminhos do Coração", engana-se quem realmente pensa que o caminho é este, ao coração não se chega com uma dramaturgia barata de seres humanos mutantes que se transformam em lobisomens, e para a liderança, muito menos com câmeras balançando geral o supra-sumo do bagaço da população, enfim, no mesmo horário, outro coração pulsa num ritmo mais acelerado, quase enfartando de desgosto o telespectador inteligente. No circo, alguns dos palhaços, sem ter o que fazer, fazem fofoca o dia todo, outros se transformam em peões de rodeio dando coices e esporadas alheias com medo de cair antes dos oito segundos e deixar a espiga do "milhão" escorregar, e outros ainda parecem os próprios toureiros estendendo o pano vermelho na frente dos chifres para provocar confusão. Mediante tanta futilidade, concluímos que quem sempre ganha é quem tem mais bala na agulha, quem tem poder de propaganda para infiltrar na veia que o banal é útil, ou então quem tiver peito, não siliconado, para criar um conteúdo interessante que não balance ou se transforme em lobisomem.
Nos tempos de hoje ainda prefiro e acredito que o mais saudável é voltar à década de cinqüenta, desligar o televisor às 22h quando a programação se encerrava, ir ler um livro, deitar na cama, convidar a quem ama, fazer o próprio reality show e chegar até o coração com algumas balançadas ao toque de algumas pitadas de romantismo e prazer.
por Ronaldo Denardo
09/04/2008
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